terça-feira, 11 de março de 2014

"Humanas  sempre me interessaram. Acho que nasci para lidar com gente, não com cálculo. Não sei calcular a demência que se precisa para lidar com um mundo tão conturbado. Só sei que vivo. E vivendo, me faço ser cultural e social, que tem fome de histórias e do desejo de defender a subjetividade em um mundo tão teórico.
Sou toda a prática que se aplica no cotidiano. Olhares que levam a beijos que levam a guerras que levam à morte e que levam à compaixão. Sei bem que resolvo, mas não sou resolução. Gosto do jeito como palavras se encaixam e brincam com as mil e uma fantasias de "era e não era". E como eras passam em um piscar de olhos quando amamos. E como o amor nos deixa inconsequentes a ponto de nos fazer sábios para falar sobre conhecimento. E como o conhecimento nos leva a tais psicologias que nos fazem querer falar de sentimentos em um mundo onde cada vez menos percebemos a doce ilusão de sonhar acordado.
Sensibilidade acima da razão, sempre. Me chamem de insana, mas não me neguem o simples desejo de lidar com o complicado. Eu me reinvento, e a cada dia, me torno mais dona de mim mesma em um mundo que luta por muralhas de certezas."

2 comentários:

Cássio Marcelo de Melo Tunes disse...

Isadora, seus textos são lindos, e me refiro não só ao desta postagem mas também aos demais. Provavelmente já falaram para você publicá-los em livro, impresso ou eletrônico. Reforço essa sugestão. Além disso, você está inspirando minha filha a gostar de poesia. Parabéns e obrigado!

ESTESIA disse...

Poxa, MUITO obrigada Tio Cássio! Fico tão feliz em ler isso, você nem imagina! Ainda mais de uma pessoa tão legal e inteligente quanto você! :D Obrigada mesmo, do fundo do coração!