"Gente
que me pede calma me causa cólera. Gente que insiste em ser tão vazia e
me diz que não vale à pena arder por alguém. Pra essa gente, eu encho o
peito e aponto dedos: o sofrimento me acalma. Simples, a dor te faz
lembrar que a alma vive.
Enquanto luto pela intensidade das coisas, ouço estalares de dedos que
deixam ir. Esses sim me apavoram. Gente covarde. Entre uma história de
desilusões, a humanidade diz que mantêm o pé no chão e perde aquilo que
lhe é mais característico: a capacidade de sentir.
Por
isso, não me ensine a arte da conformidade. Me afogue e me faça
desesperar pela salvação e por um herói, mesmo que minha respiração se
acabe. Mas não afogue o meu coração em um mar de insensibilidade. Porque
eu não me conformaria. Me amem, ou me matem de amor."
Isadora Egler
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