quarta-feira, 9 de julho de 2014

Sabe o quanto gosto de escrever,
sei
o quanto gosta de matematizar.
Para tornar mais simples 
o entendimento,
decidi poetizar:
Ah, meu bem!
É que às vezes acho
que como número primo
nasci. 
Carregando a sina eterna
de um amor
dividir
por um só coração
ímpar,
isolado.
Quase um zero à esquerda.
E por mim.
Não vim à luz
para ser composta!
Não terei jamais
mais
de dois divisores.
No conjunto
dos números primos
[meus colegas solitários],
somos inteiros
sempre positivos,
problemas
e dores.

(Isadora Egler)

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